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sábado, 18 de junho de 2011

Cordel Pinóquio

Gepeto era um bom carpinteiro
Solitário e sonhador
Queria um filho companheiro
Para que enchesse de amor

Fez então um boneco de madeira
Que decidiu chamar de filho
Pinóquio o nome escolhido, não de brincadeira
Não houve nenhum empecilho

O bom homem fez então
Um pedido para o céu
E com muita inspiração
Tirou até o seu chapéu

Nessa noite, a fada madrinha
Deu vida ao invento
Pegou sua mágica varinha
E tocou na cabeça do elemento

Disse que a ele daria vida
Desde que fosse bom e honesto
A fada, antes da partida,
Fez esse humilde manifesto

Pinóquio os olhos piscou
Moveu as mãos e os pés com alegria
Viu que a fada o abençoou
E fez muita folia

Ganhou um grilo falante
Para serem companheiros
No caminho adiante
Foram os dois sorrateiros

Gepeto quando viu que o menino
Tinha carne, osso e falava
Pensou que fosse um milagre divino
E sua emoção o vislumbrava

Quis ensinar muitos truques
Ao seu filhinho querido
Mostrou que havia duques
Que o podiam deixar ferido


Pinóquio foi para a escola
E o grilo o acompanhou
Brincavam, jogavam bola
E com todos se identificou

Como todo menino espuleta
O garoto passou a mentir
E como uma historieta
Seu nariz começou a sentir

A cada pequena ou grande mentira
Um pouco do nariz crescia
Se duvida, venha, confira!
Era a vergonha da carpintaria

O dono do circo o descobriu
E o quis ter por lá
O menino do nariz grande conduziu
Era melhor que seu tamanduá

Assustado foi o grilo
Avisar a Fada Madrinha
Que mandou uma borboleta no estilo
Salvar Pinóquio daquela carrocinha

Mesmo estando arrependido
Não aprendeu a lição
Na hora ficou agradecido
Mas bem foi na contra-mão

Quis ir com a Raposa
Até a Ilha dos Jogos
Esqueceu o feito da mariposa
E saiu soltando fogos

Lá chegando os dois amigos
Grilo e Pinóquio se assustaram
A cada mentira, dois castigos
Orelha e nariz se espicharam

Fugiram dali correndo
Voltaram para casa à procura
Do pai que saiu tremendo
Com toda sua brandura

 Se deparou com a maré-cheia
Mas não achou o seu filho
Caiu dentro de uma baleia
Que o engoliu, como se fosse de polvilho

Ao buscarem pelo velhinho
Foram engolidos também
Encontraram Gepeto feito um cabritinho
Na barriga da baleia era refém

Ao se verem um abraço
Pinóquio e Gepeto se deram
Da maneira pegaram um pedaço
Uma fogueira fizeram

A baleia esquentou a barriga
Os três foram postos para fora
Até esqueceram da fadiga
O medo da baleia matadora


Depois desse infeliz episódio
O menino se arrependeu de verdade
O velhinho não ficou com ódio
Vê-se aí a sua generosidade

A fada ficou comovida
Com a atitude do menino
Todos estavam na torcida
Para ver qual era o destino

Para sempre ficou de carne e osso
Um garoto de verdade
A todos um super colosso
Mais um membro para a sociedade

Gepeto não se continha
De tanta felicidade e alegria
E Pinóquio? Adivinha!
Livrou-se de toda agonia.

Profª Taíse - 2010